historial

Carlos Gaspar mudou-se para o número 107 da Calçada do Combro a Fevereiro de 2010, preenchendo a vaga deixada pela artista Sara Belo. Após a saída de Hugo Marques, outros dos artistas ali residentes na altura, Carlos ficou com Tiago Alexandre no 107, ambos abrindo as portas esporadicamente para mostrar os seus trabalhos e receber amigos e convidados em ambiente casual. A vontade de mostrar o seu trabalho no seio do ambiente em que fora criado e, simultaneamente, tornando-o passível de visitas por um grande número de pessoas, levou os artistas a encarar o espaço como algo mutável. Nesta altura embrionária do projecto, Tiago Alexandre deixou o espaço e entraram dois artistas alemães para o atelier: Friedemann Heckel e Johannes Flechtenmacher. A 11 de Junho de 2010, os três artistas abriram as portas do espaço 107 para mostrarem os seus trabalhos numa vernissage e, 5 dias depois, a 16 de Junho, deu-se uma cerimónia de encerramento desta mesma exposição, com a actuação de Andrea Rottin, Alek Rein (Alexandre Rendeiro) e Max Paul Maria, seguido pelo djset de Mini-Jack (Fernando Fadigas). Neste período houveram ainda uns eventos de semblante mais tímido, com a participação de Olivier Hannoun e o seu projecto Microdisco. Cerca de três meses depois da sua entrada, Friedemann e Johannes deixaram o atelier do Combro, deixando um legado que até hoje perdura no espaço.
Durante o verão de 2010, Carlos Gaspar e Diogo Almeida, outro artista da Faculdade de Belas-Artes levaram os seus djsets memoráveis ao então recém-aberto Roterdão, um bar do Cais do Sodré, tendo também a contribuição pontual dos artistas Diana Policarpo e Alexandre Rendeiro. Nesta altura, a Valise d'Images, projecto de Filipe Nabais, tomou o espaço 107 na sua base de operações, levando a cabo uma série de remodelações e eventos multidisciplinares, paralelamente com a residência artística de Carlos Gaspar no espaço. Neste período, a LISBUM processou-se prioritariamente fora do atelier, com os anteriormente referidos djsets sob o nome de LISBUM/Amigos do Gaspar, e na organização de concertos, nomeadamente o concerto de IZMA e de Blu Electroacoustic Quartet no Jardim da Estrela, a 2 de Setembro.
A 20 de Novembro, Carlos Gaspar e Alexandre Rendeiro levam um djset ao bar BERLIN, no Bairro Alto, dedicando inteiramente um evento aos manifestantes anti-Nato. Em Dezembro de 2010, Alexandre Rendeiro entrou também para o 107 do Combro. Aqui, a LISBUM começou a reconquistar terreno no espaço do atelier, a nível de organização, planeamento e estruturação de eventos.
Após a averiguação de incompatibilidades aquando os projectos dos residentes no espaço, a Valise d'Images abandonou o espaço, deixando-o para Carlos Gaspar e Alexandre Rendeiro que, posteriormente, receberam temporariamente o artista Blu Simon 'Wasem - que organizou o evento MIKASA SUKATA com os seus estudos psicogeográficos. Neste mesmo mês, Abril, DOGMA, projecto do artista André Trindade, lança um trio de fanzines de autoria do próprio, de Joen P. Vedel e Gabriel Abrantes. Em Maio, a LISBUM acolheu Mónica Nunes como residente permanente no espaço. A 22 de Julho de 2011, Alexandre Rendeiro, Carlos Gaspar, Filipa Cordeiro, Helena Vieira e Mónica Nunes organizaram o evento WHITE TRASH, uma festa temática / exposição, que incluiu música, instalações, vídeo e a presença e performance do excelente tatuador Diogo Rodrigues.